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Segurança – ver «Proteção de dados»

Semântica - Deverá dizer-se «ensino à distância», ou «ensino a distância»? Sem prejuízo de ser possível a utilização da segunda possibilidade, há suporte da investigação linguística para o uso (mais) corrente da expressão «ensino à distância».
Referências: ROCHA, Maria Regina - Três razões para ser «à distância» (e não «a distância») [Em linha]. Lisboa: Ciberdúvidas, 2011 [Consultado em 28.04.2020]. Disponível em WWW: <URL https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/controversias/tres-razoes-para-ser-a-distancia-e-nao-a-distancia/2322>.

Sessão assíncrona – Corresponde aos momentos de comunicação em tempo diferido, sem interação simultânea. É, por excelência, o emblema do ensino e da educação à distância. Em termos práticos, os prazos têm que ser cumpridos e as tarefas definidas devem ser realizadas em conformidade com as regras estabelecidas. Esta modalidade oferece flexibilidade e autonomia na gestão das tarefas a realizar, competências que a escola, presencial ou à distância, tem obrigação de estimular.
Contudo, o discente deve respeitar as regras acordadas e as balizas temporais definidas pelo formador. Dessa forma, o docente pode avaliar tanto o grau de responsabilidade do aluno como o nível de comprometimento deste no referente ao estudo e às aprendizagens.
De facto, o E@D foi concebido como forma de chegar a públicos cujo acesso ao ensino presencial estava limitado. A extensão desta modalidade a alunos menores de idade, de forma integral, foi até agora um exercício de nicho. No nosso país, esta prática estava circunscrita a situações que, na maior parte dos casos, se relacionavam com questões de saúde ou com a itinerância profissional dos progenitores.
A assincronia em E@D permite ao aluno / formando desenvolver a sua aprendizagem de forma autónoma, gerindo a realização de uma tarefa ou projeto de acordo com a sua disponibilidade.
No entanto, a prática da educação à distância, envolvendo público pouco habituado à autogestão e formatado para ser orientado presencialmente, constitui um desafio e uma oportunidade. Institui um desafio, porque até aqui o conhecimento disponível sobre E@D reportava-se a um público-alvo dotado de outras competências e motivações. Mas é uma oportunidade, na medida em que, ao estimular o desenvolvimento da responsabilidade conferida pela autonomia, pode contribuir para aumentar o nível de competências à saída da escolaridade obrigatória, lançando bases para a aprendizagem ao longo da vida.

Referências: PINA, Antonio Bartolomé - Blended learning. Basic concepts [em linha]. Barcelona: UB, 2015 [Consultado em 12.05.2020]. WWW <URL: http://www.sav.us.es/pixelbit/pixelbit/articulos/n23/n23art/art2301.htm>

Sessão síncrona – Aluno e professor comunicam, em tempo real, normalmente através de uma plataforma que suporta um sistema de gestão da aprendizagem (LMS - Learning Management System). Estas sessões devem ocupar apenas uma parte do calendário da comunicação a estabelecer entre professores e alunos ou entre formandos e formadores.
O facto de, no ensino presencial, alunos e professores estarem reunidos regularmente na mesma sala poderia sugerir que a generalidade das lições à distância devesse adotar a mesma configuração.
Porém, o modelo clássico de E@D se por um lado exige maior grau de planificação ao docente/formador, por outro deve colocar a ênfase no trabalho do aluno/formando. Este paradigma exige que o aluno, dotado de certo grau de autonomia, desenvolva capacidades de autoregulação, automotivação e autodisciplina, processos que seriam limitados pela omnipresença da sincronia.
No atual quadro pandémico a questão da autonomia, que subjaz ao E@D, tem vindo a ser objeto de ampla discussão: o tópico principal reside na hipótese de transformar «necessidade» em «oportunidade» (REIS, 2020 ou CRISTO, 2020).

Referências: REIS, Carlos - Ensino a distância: oportunidade e não oportunismo [Em linha]. Lisboa: Público, 2020 [Consultado em 5.05.2020]. Disponível em WWW: <URL https://www.publico.pt/2020/05/05/opiniao/opiniao/ensino-distancia-oportunidade-nao-oportunismo-1915043>.

CRISTO, Alexandre – O ensino à distância funciona? [Em linha]. Lisboa: Observador, 2020 [Consultado em 5.05.2020]. Disponível em WWW: <URL https://observador.pt/especiais/o-ensino-a-distancia-funciona/>.


Teams. Vídeo: Usar o Mocrosoft Teams

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